IPHAN realiza obras de recuperação na Igreja de Nossa Sra. do Rosário

Os trabalhos incluem serviços de levantamentos métrico-arquitetônicos e mapeamento de danos; erradicação da vegetação crescida indevidamente; revisão, recuperação e substituição do entelhamento, da estrutura da cobertura, dos elementos pétreos e dos revestimentos internos e externos; e caiação.
As obras são realizadas pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN. O valor total do contrato é R$ 239.966,91 (duzentos e trinta e nove mil, novecentos e sessenta e seis reais e noventa e um centavos). A empresa contratada (vencedora do Pregão nº. 42/2010) é a B.O.A Arquitetura Ltda. e o prazo total para realização dos serviços é de seis meses.

A arquitetura da Igreja de Nossa Senhora do Rosário remete ao que, no final dos anos 1600 e início dos 1700, vinha sendo construído nas cidades mineiras do Ciclo do Ouro, como Sabará, Mariana, Ouro Preto e Congonhas. Esta influência pode ser percebida pela planta de nave única e sem capelas, dotada de apenas um corredor lateral que dá acesso ao coro, à sacristia e à única torre sineira; e pela fachada, com duas janelas de vergas retas no coro e uma porta, encimadas por um frontão triangular dotado de um óculo.
Tais características conferem à igreja grande simplicidade, com mais cheios (paredes) que vazios (portas e janelas), com linhas rústicas e proporções atarracadas.
A igreja foi erguida em cerca de 1720 e reedificada em 1755, aproximadamente. Possui alto grau de preservação de suas características arquitetônicas originais, uma vez que não apresenta alterações volumétricas e modificações expressivas em seu quadro básico de materiais e composição formal (alvenaria de pedra entaipada, vergas, ombreiras e outros elementos em cantaria, esquadrias de madeira e vidro, telhado em estrutura de canga de porco e forro em gamela, coro, retábulos, paravento e escadas em madeira, cobertura em telhas capa e canal, dentre outros elementos).
Já seu estado de conservação (integridade física dos materiais construtivos e elementos arquitetônicos) é médio, razão pela qual a Igreja passa atualmente por esta recuperação.


Fonte: Escritório Técnico Costa Verde – IPHAN/RJ