quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

PMDB EM 2012

Picciani prepara partido para 2012

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O PMDB do Rio passou por uma grande reformulação e o sinal mais aparente disso são os 700 metros quadrados que a sede reformada do partido ocupa todo o 8º andar do Edifício Piauí, na Avenida Almirante Barroso, 72, no Centro.
 Reinaugurado em 15 de abril deste ano, o espaço, que nunca havia passado por uma reforma desde que foi doado ao MDB, em 1972, conta agora com estrutura profissional, com boas salas de reunião, auditório multimídia onde acontecem reuniões dos movimentos sociais, eventos do partido e muito mais. De segunda a sexta-feira, a movimentação política por ali é intensa. Mas isso é apenas parte das mudanças.


A Fundação Ulysses Guimarães (FUG) se reestruturou e hoje ministra cursos de formação política não apenas na sede do PMDB, mas em todo o estado. O objetivo é qualificar quadros não apenas para disputar as eleições do ano que vem, mas também para participar da gestão de governos e formar militância para o trabalho de rua.


A Juventude do partido, a nível nacional, conseguiu após anos, emplacar um representante na direção nacional da UNE, 
conquistado no último Congresso de Goiânia, em julho. A Jota do Rio, presidida pelo talentoso Marco Antônio Cabral, 20 anos, fez sua primeira Conferência Estadual, para discutir políticas públicas. O PMDB Mulher, um dos núcleos mais ativos do partido, promoveu ampla mobilização em outubro contra o câncer de mama e dois novos núcleos surgiram: o Comunitário, que se engajou na campanha da dengue, e o Sindical, aproximando o partido da classe trabalhadora. .

Para dar suporte e visibilidade a essa mudanças, o partido passou também a contar com uma área de comunicação profissional, que nos últimos meses entrou em contato e viajou o interior para ver e registrar de perto os cases de sucesso de boa parte das 35 cidades administradas pelo partido no Rio de Janeiro. O site, junto com o trabalho nas redes sociais (Twitter, Facebook, Youtube e Orkut) tem sido um importante canal de comunicação com a militância e o partido.

A razão de tantas mudanças? É que o partido passou a ter comando. Que atende pelo nome de Jorge Picciani, que hoje, sem mandato parlamentar, pode se dedicar integralmente ao comando da legenda na condição de presidente estadual do PMDB-RJ..


Ex-presidente da Alerj (2003-2010), Picciani vai diariamente ao partido, onde cumpre uma intensa agenda de conversas. Cercado de relatórios encadernados de pesquisas qualitativas e quantitativas de municípios de todo o estado, que ele encomenda ou que recebe, Picciani tem a missão de articular as eleições municipais do ano que vem, tanto na capital quanto no interior, levando as questões ao governador e ao vice Pezão e aos demais membros do diretório.


E as ambições para 2012 não são pequenas. Na capital, a meta é reeleger o prefeito Eduardo Paes no primeiro turno com uma aliança que deve contar com 18 partidos, pelo menos, e fazer uma bancada que pode chegar a 15 dos 51 vereadores. Picciani já mostrou que não está para brincadeira: no balanço final das filiações partidárias, encerrada no início de outubro, a bancada de vereadores do PMDB na capital simplesmente dobrou. Pulou de cinco para dez, depois da vinda de Patrícia Amorim (PSDB), Jorge Braz (PTdoB), Jorginho da SOS, Rosa Fernandes e João Cabral, os três últimos oriundos do DEM, para as hostes peemedebistas. Com isso, o PMDB hoje não é apenas a maior bancada na Alerj, com 11 deputados estaduais, mas também na Câmara da capital.


“Não temos apenas um projeto de poder, mas um projeto de estado. Onde o PMDB governa, há mudanças efetivas. É isso o que atrai as pessoas”, filosofa Picciani, ele próprio dono de um patrimônio eleitoral de 3.048.034 votos, a julgar pelo número de eleitores que teve na eleição para o Senado, ano passado, quando ficou em terceiro lugar, com apenas 0,2% a menos que o bispo Marcelo Crivella (PRB). “Bati na trave. Mas Deus sabe o que faz”, diz.


A rotina de Picciani é a seguinte: como acorda cedo - por volta das 5 da manhã – ele costuma dedicar a manhã ao escritório que sua empresa, o Grupo Monte Verde, de pecuária de elite, tem na Barra da Tijuca. Antes do almoço, já está no PMDB, onde despacha diariamente e recebe dezenas de políticos de todo o estado.

Nas contas do presidente do partido, as perspectivas de 2012 são as seguintes: o PMDB vai lançar 63 candidatos próprios, vai fechar alianças em 24 cidades e ainda tem cinco cidades a definir: Itaboraí, Itaguaí, Angra dos Reis, São Gonçalo e Niterói. Com base no cenário que tem hoje, acha que o PMDB tem condições de eleger 48 prefeitos ano que vem. ‘2012 é a prévia de 2014, quando acontece a sucessão de Sérgio Cabral. Ano que vem é, portanto, decisivo para o futuro do nosso candidato, o vice-governador Pezão”.    

Picciani acredita que, com o governador Sérgio Cabral, o Rio de Janeiro mudou completamente. “Antes, não havia harmonia entre os poderes. O governador brigava com o presidente, que era vaiado pelo prefeito, que também não se entendia com o governador. O Cabral mudou isso. Hoje, somos os estado que mais recebe investimentos públicos e privados, vamos sediar a Copa e as Olimpíadas. A área de Segurança, que parecia caso perdido, ganhou novo rumo com as UPPs”, lista. “Ainda há muito a fazer? Sem dúvida. Mas creio que estamos no caminho certo e este projeto tem que continuar”, conclui.

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